Este trabalho é um processo de expedição por um trajeto descontínuo e ao mesmo tempo tão contínuo quanto uma frequência cardíaca, uma programação precisa. Nesta caverna a ser - ou que foi - percorrida, há quatro estágios sonoros: o buraco, a escavação, a frieza e o cristal. Com o desafio de deixar os ouvidos serem provocados antes dos olhos, uma linha de sons sintetizados, mecanizados e digitalizados foi construída para que assim, a partir da percepção auditiva, imagens já existentes fossem reorganizadas em forma de pergunta às retinas no escuro: Qual é o som do cérebro? Qual é o som da pedra? Qual é o som de dentro da tela? Qual é o som da dúvida?

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Voltei para o meu lugar favorito mas o caminho mudou muito

 

O mistério não está em nada que se pode ver ou pensar

O mistério que eu vim procurar eu não vi e nem vou achar

A origem está contida na proporção microscópica

No macro estão todas as origens

Se eu tentar olhar demais

eu só vejo

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(Nicole Kouts, 2019)